A AUTORA

sábado, 30 de outubro de 2010



NADA ACABA, NADA TERMINA


Nada acaba, nada termina
Apenas porque deixa de bater o coração
Tudo recomeça, tudo continua
Se a fé sempre foi a nossa direcção

A nossa alma por fim encontra o seu porto
Junto do seu grande Criador
Que saibamos levar a melhor bagagem
Já que Ele deu-nos o fruto e a flor

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

VALONGO DO VOUGA



Vou tentar dar a conhecer
A nossa linda freguesia
Falando dos seus 20 lugares
Com humildade e cortesia

Começo pelo lugar da Aguieira
Lugar de águias, como era conhecido
S.Miguel é o seu padroeiro
E a Qta. Do Conde um bom partido

Sigo para a Aldeia
Antes chamada Arrancadinha
É pacata e singela
Óptima como vizinha

Diz-se que neste local arrancaram a floresta
Para fazer terra de pão
No Sto. António têm o seu padroeiro
É a Arrancada do Vouga com toda a sua devoção

Apanhamos Brunhido pela Garganta
Com um passado de pomares e abrunheiros
E para não fugir à regra
Sto. Estêvão é o seu padroeiro

No lugar da Cadaveira não esquecemos
Um incêndio que sem roubo tudo levou
No seu Sto. Amaro depositaram fé
E das cinzas este lugar se levantou

Em Carvalhal da Portela
Vemos o comboio passar
Seu padroeiro é São Marcos
Um lindo lugar para visitar

Para passear de comboio
Espere no apeadeiro
E aprecie o lindo lugar
A que chamamos Outeiro

Passamos agora no Paço
Lugar de moinhos, uma tradição
Moer o trigo em farinha
E da farinha ao pão

Na Póvoa do Espírito Santo
Temos a Junta de Freguesia
O seu padroeiro tem o mesmo nome
Um lugar com alegria

Deriva de sabugueiros
Logo não é nada mal
Decerto já adivinharam
Visitem o Sabugal

Vamos subir ao Sobreiro
E pedir com necessidade
Que nos livre do Diabo
E da sua falsa amizade

Neste lindo Vale Longo
Que é o centro do que aqui se diz
Tem no São Pedro o padroeiro
E na beleza a Igreja Matriz

Há quem goste dele quentinho
Estaladiço ou com manteiga
Com o nome igual ao do lugar
Falamos do pão e da Veiga

Uma das principais casas agrícolas
Existiu neste lugar
Falo da Carvalhosa
Porque o passado é bom lembrar

No lugar de Fermentões pode visitar
A Fundação de Nª Srª da Conceição
E lembrar um velho carvalho que no passado
Fez daquele sítio a sua nação

À sombra dos choupos quem sabe
Pode ser o começo de uma história de amor
Passe por Lanheses para confirmar
E para se abrigar do calor
Visite a capela da Stª Rita
Fundada pelo Padre António Gomes Fonseca
Falo do lugar das Levegadas
Passe por lá, vai ver que não peca


O seu nome deriva de moita
Sítio que não mete medo
Tem na Stª Ana a padroeira
É o lugar do Moutedo

Já se chamou Qtª do Agostinho
Redonda é agora chamada
Na ACRAR tem a diversão
Mas não se perca pela madrugada


Na zona serrana da freguesia
Temos o lugar do Salgueiro
Este não sendo excepção
Tem o Stº André como padroeiro


(já publicado em Setembro de 2007 no blog valongo do vouga)

terça-feira, 26 de outubro de 2010


Cidade situada à beira-rio
Rio que lhe deu o mesmo nome
Fértil nos terrenos que cultiva
Que ao povo vai matando a fome

Mãe de tradições artesanais
Dignas de uma cidade de excelência
Entre os cestos, as rendas e os bordados
Continuamos a provar-te obediência

Dá música aos seus e a quem a visita
Pelas mãos das bandas, das orquestras e do fado
Preserva e constrói o património
Por um povo que da cultura é aliado

Cidade de boa boca
Que até os pastéis igual se quiseram chamar
Adoça o gosto aos aguedenses
E conquista os outros pelo paladar

Não foge à excepção das grandes cidades
Que com festas e romarias enche as ruas
Embeleza os costumes que herdou
Já que as glórias serão sempre suas

A duas rodas conheceu o mundo
E deu a conhecer um povo de lealdade
Que o futuro vá fluindo a par com o rio
Para Águeda se superar como cidade.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010



Apareceste na minha rua
Num dia em que o céu chorava
Esqueces-te que já não sou tua
E que por ti já nenhum sentimento restava

Quiseste comigo falar
Para dizer o que já não quero ouvir
Por piedade resolvi aceitar
Para mais uma vez te ver a mentir

Os teus gestos eram tão poucos
Tão simples, tão sem noção
Forçaste-me a fazer ouvidos moucos
Ao que chamas de pedido de perdão

Com tanta conversa sem sentido
Nem te preocupaste em ser verdadeiro
Aceita, és um caso perdido
Mas não serás o último, nem foste o primeiro

Disseste adeus e foste embora
Admitiste ter sido vencido
Desejei-te o melhor pela vida fora
E que nunca dês nada por garantido

domingo, 17 de outubro de 2010

DESABAFOS



Deixa o dia passar
Que o Sol vai lá ter sozinho
Deixa o dia acabar
Porque a Lua conhece o caminho

Esqueci-me de rir com vontade
Da anedota em que me tornei
Mas para falar a verdade
Vou rir de quê? Não sei!

Acredito piamente
Que o meu sonho me abandonou
Cansou-se de lutar sozinho
E sem eu notar, desertou

Vamos pôr os pontos nos "is"
Porque há quem não use pontuação
Além de não lhe acharmos o sentido
Torna-se uma escrita sem noção

Acabei por concordar
Com os malucos de colarinho
Porque no fim de contas
Um maluco nunca está sozinho

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

AMIGO



Hei-de levar-te em meus braços
sempre que estiveres em perigo
hás-de sempre ter-me a teu lado
hás-de sempre ter um amigo

Dá-me a mão, não a soltes
prometo não a largar sem pedires
os meus passos irão ser os teus
até ao dia em que partires

Um amigo sabe dizer
mesmo que não precise falar
o que o outro precisa saber
sem sequer o demonstrar

Amigo, irmão, companheiro
defensor da lei da amizade
a ti me dou por inteiro
sem ti não sou nem metade