A AUTORA

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Meu Anjinho da Guarda - Poesia Infantil

 


Meu Anjinho guarda meus passos

Guia-me pelo melhor caminho

Meu Anjinho leva-me nos teus braços

Nunca me deixes ficar sozinho

 

Meu Anjinho peço-te protecção

Acompanha-me todos os dias

Meu Anjinho ofereço-te o meu coração

Ensina-me a ouvir as melhores melodias

 

Meu Anjinho guarda-me na noite escura

Ilumina a escuridão que demora a passar

Meu Anjinho que a minha alma seja sempre pura

Livra-me de todos aqueles que me quiserem magoar

 

Meu Anjinho obrigado por olhares por mim

E por atenderes aos meus pedidos

Meu Anjinho és doce como bolo de aipim

Os teus cuidados são os mais queridos


terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Desembrulhar um rebuçado

 


Gosto de ti de um jeito simples, mas engraçado

Com o entusiasmo de desembrulhar um rebuçado

E tu nem sabes que o amor mora na tua rua

Gosto de ti sem alarido nem aviso de recepção

Levo-te comigo a inundar o meu coração

E tu nem sabes que eu te posso dar a lua

 

Gosto de ti e assumo os teus imensos defeitos

Tudo se resolve quando não há preconceitos

E tu nem enxergas quanto o sol nos ilumina

Gosto de ti quando o telefone nem chega a tocar

Sei que demoras mais tempo, mas vais lá chegar

E tu perdes tanto por nunca virar na esquina

 

Gosto de ti quando esqueces o casaco

Iludido, acreditas que o frio vai ficar fraco

E tu nem sabes que eu te posso aquecer

Gosto de ti como o cheiro de um livro novo

Escolhia-te ao longe no meio do povo

E tu nem sabes que de amor se pode morrer


quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Tens o coração vazio

 


Ouvi dizer que sentes o teu peito frio

Porque deixaste o teu coração ficar vazio

Dizem que não te incomoda esta tua opção

Que desististe de amar e de procurar a paixão

Ouvi dizer que os teus sentimentos têm validade

Nunca os guardas nem sentes necessidade

Dizem que o teu sorriso é escasso e fugaz

Dificilmente o ar carrancudo te trará alguma paz

Ouvi dizer que esvaziaste a alma com confiança

Nem quiseste fazer uma cópia de segurança

Tenho dó da tua nova, e estranha, envergadura

Estás a transformar-te numa triste e solitária criatura

Dizem que este teu viver nunca vai dar frutos

Se a morte contigo se cruzar, vai ser como os putos

É sempre hora e lugar para uma brincadeira

Quando a vontade de jogar vem estampada na bandeira


sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

As quatro estações - Poesia Infantil

 


Na Primavera as temperaturas são amenas

Os dias são maiores, podemos brincar mais horas

As árvores voltam a ter flores, grandes e pequenas

Os dias frios ficam para trás, já nem sabem onde moras

 

O Verão traz o calor e roupa mais colorida

O sol brilha com maior intensidade

A noite é quente, mas já não é tão comprida

Os dias longos de verão alimentam a felicidade

 

No Outono as folhas deixam as árvores mais despidas

E as que não caem mudam para a cor amarelada

Os dias são mais fresquinhos e as roupas mais compridas

A noite chega mais cedo e fica mais demorada

 

O Inverno gosta dos dias mais pequeninos

E o frio faz-nos companhia diariamente

Há sítios onde a neve é brincadeira para os meninos

E o aconchego da lareira é o ideal para se estar quente


terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Pesca de Brejeirada

 


Fui à pesca num rio perdido na vegetação

Ansiando um dia de pesca muito proveitoso

Sentada no banquinho de madeira e cana na mão

Esperei com a devida paciência o primeiro tostão

Mas nada mordia nem de bom nem de maldoso

 

Olhei o balde ainda vazio, também à espera

Senti o seu total estado de desapontamento

Estando o rio isolado, onde a natureza impera

Sem nada a comprometer a atmosfera

Pensei que pescasse, pelo menos, o agradecimento

 

A meio da manhã algo mordeu o isco abanando a cana

Era forte, tamanha a força que fiz para puxar

Quando saiu trazia um ar de zangada e sacana

Ainda tentou disfarçar, mas a mim não engana

Tramada da ingratidão foi a primeira a trincar

 

Quase de seguida mordeu a inveja, a mostrar os dentes

Execrável como é e, infelizmente, sempre será

Joguei-a no balde com a outra das suas parentes

Criaturas desprezíveis repletas de más sementes

Que mais de nefasto e intragável neste rio haverá?

 

Quando saiu o egoísmo armado em vedeta

Juntei as trouxas e preparei-me para a retirada

O conteúdo do balde despejei na mais porca valeta

Era melhor parar antes que mordesse o capeta

A pesca hoje em dia transborda de pura brejeirada