Por esta rua de pedras
Mil tormentos já chorei
E cada uma conhece
O porquê e a quem amei.
Os ladrilhos desta casa
Conhecem-me melhor que ninguém
E juntos com a cancela da entrada
Sabem o valor que isso tem.
O rio ao fundo do quintal
Meu refúgio, minha fantasia
Vivi sempre à sombra do olival
Que estranha forma de vida vadia.
Ainda estou a amadurecer
Na eira da minha vizinha
Vivo a pensar em ti
Meu tesouro, aldeia minha.
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