O medo bateu-me à porta
Vou fingir que não o conheço
E ao olhá-lo frente a frente
Direi “sou forte, não te mereço”
Nunca pensei perder o controle
Das emoções e da sensatez
E que a noite ao chegar de mansinho
Me causasse tal ponto de lucidez
Ter medo de ver, falar e ouvir
Ter medo de ser a única a fugir
Ter medo de no fundo saber qual é o fim
E acima de tudo, ter medo de mim
Recuso-me a continuar
Seguir o caminho sem luz de presença
Mas ter a certeza que ao lá chegar
Já sei o resultado da minha sentença
Sem comentários:
Enviar um comentário