A AUTORA

segunda-feira, 21 de julho de 2008

MUDAR TUDO, NÃO MUDAR NADA

Foi num dia soalheiro
Que resolvi mudar de vida
Fui onde me levou o ponteiro
Sempre em frente, desinibida

Enumerei cuidadosamente
Os pontos a rectificar
E nem tão pouco, nem tão somente
Me deixei sem apoio levar

Na bagagem iam a confiança
O amor e a virtude
E se não fosse a esperança
Não teria tanta atitude

Enfrentei a pontapé e soco
Aquelas vozes pessimistas
Por vezes mais vale ser mouco
Que dar ouvidos a derrotistas

Resolvi mudar o meu Sol
A minha Lua, o meu epicentro
Mas como mudar o meu ser?
Como me mudar por dentro?

Cheguei à mais óbvia conclusão
Posso mudar o sorriso, o olhar ou ser superior
Mas o que me move a alma e o coração
É a minha beleza interior

1 comentário:

  1. Identifico-me imenso com este teu poema. Gostei especialmente destes versos "Por vezes mais vale ser mouco/Que dar ouvidos a derrotistas".
    Escolhes tão bem as palavras! :)

    beijinho

    ResponderEliminar