A AUTORA

quarta-feira, 2 de março de 2011

PEDI AO POMBO-CORREIO


Convenci um pombo-correio
a ajudar-me no meu devaneio.
Consegui que te levasse um recado
e lá foi o meu amor na sua pata amarrado.
Esperei horas sem fim
que voltasse com uma resposta para mim.
Mas por mais que esperasse
não via sinal que o pombo chegasse.
Cheguei a temer o pior,
que se havia perdido, junto com o meu amor.
Mas numa manhã em que chorava o céu
lá chegou o pombo com um recado teu.
Meus olhos não queriam crer
no que acabavam de me trazer.
Numa folha de papel vulgar,
comecei a ler o que me querias falar.
“Retribuo o amor que recebi,
minha alma vive agora para ti.
Te envio o que de melhor te posso dar
Obrigado por me saberes amar!”
No verso do papel que tinha na mão
vi desenhado a vermelho um coração.
Meus olhos não conseguiram conter
a alegria que o pombo me veio trazer.

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