A AUTORA

quinta-feira, 9 de março de 2017

A Saudade é minha Inquilina

Imagem: internet

A saudade é minha inquilina
Sem contrato de arrendamento
Tem sempre a mesma rotina
Qual freira num convento

Passa o dia inteiro sisuda
Diz que se sente sozinha
Age que nem uma miúda
Com aparência de mulherzinha

À noite insiste em falar
Conta sempre a mesma história
Saudade, deixa-me descansar
E adormecer a minha memória

Não vou renovar o contrato
A saudade tem que compreender
É tempo de terminar o trato
Saudade, tens que desaparecer

Não quero ter-te como amiga
Nem ver-te diariamente
Não quero causar intriga
Mas chateias muita gente

Vai saudade, toma outro rumo
Já ficaste tempo demais
Expirou a data de consumo
É tempo de levantares arraiais.

                                                                      

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