A AUTORA

domingo, 31 de março de 2019

A casa da minha Menina



Se olhares com cuidado
Sempre para o mesmo lado
Vais encontrar no cimo da colina
A casa onde cresci em menina

Parece estar abandonada
Porque está um pouco isolada
Mas eu vou deixar a luz acesa
Para não te perderes na natureza

A porta da entrada custa a abrir
Basta empurrar com jeitinho
Aproveita para a casa descobrir
Que eu demoro pouquinho

À noite vai arrefecer
Podes a lareira acender
Há lenha num cesto na cozinha
O calor ajuda a não te sentires sozinha

Quando cheguei, quase madrugada
No sofá, numa manta enrolada
Estava a menina do meu passado
Disse-lhe, “deixa-te a descansar
Agora tomo eu o lugar”
Já consigo dar conta do recado.

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