A AUTORA

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Sentença de Morte


Com a lua bem lá no alto
O meu perfeito álibi
Fugi sem medo pelo asfalto
E a noite cerrada levou-me dali

Na manhã seguinte no jornal
Alegaram ser o crime perfeito
Nem provas, nem nenhum sinal
Nem culpado, nem suspeito

Recuso-me a viver como uma fugitiva
Já que o meu crime não foi atroz
Não espero reconhecimento em comitiva
Mas não aceito nenhum gesto feroz

O passado, paz à sua alma
Já tinha sentença de morte
Ainda tentei manter a calma
Mas não foi o seu dia de sorte

6 comentários:

  1. Um poema com metáforas excelentes!
    -
    Quando vens o teu silêncio é notado
    Boa noite, e uma excelente semana. Beijos!

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  2. Matar o passado não é saudável. Mais tarde ou mais cedo vamos sentir saudades.
    Abraço e boa semana

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  3. Querida amiga.
    Um pouco tétrico, mas muito interessante...
    Assim é a vida.
    Beijinhos
    ~~~~~

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