A AUTORA

domingo, 30 de agosto de 2020

Telefone a tocar


O telefone tocou, até ficar mudo

Deste lado não se falou, mas percebeu-se tudo

É sempre ao entardecer, que o telefone canta

Ninguém chega a atender, o barulho já não espanta

Quem vive na habitação, é pacato e silencioso

Passa bem sem comunicação, o seu tempo é precioso

 

Quem telefona diariamente, é persistente e audaz

Nunca ouve voz de gente, mas acredita ser capaz

O telefone vai-se ouvindo, um toque constrangedor

O vizinho vai-se rindo, habituou-se ao som do motor

Em cima da escrivaninha, com o sol a bater

De cor amarelinha, está o telefone sem nada perceber


8 comentários:

  1. Muito legal tua poesia e há telefones que tocam, insistem, repetem a chamada e não são atendidas. Outras, ligam e quando são atendidos, desligam... Vai saber!!!rs...beijos, chica, linda semana!

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  2. O telefone às vezes também incomoda! E quando é para vender... valha-nos Deus!!! Boa ideia a deste poema...
    JM Ferreira

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  3. Quando se ama ouvir-se tocar o telefone é igual a dar-se um salto da cadeira/sofá. Gostei muito do poema.
    .
    Um domingo feliz

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  4. Nada falta onde há de tudo,
    há gente com nada se comove
    tocou, tocou, até ficar mudo
    e ninguém atendeu o telefone!

    Gostei desse belo poema, amiga Isamar. Continuação de boa semana. Beijinhos.

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    1. Obrigada amigo Edumanes por esta bela quadra.
      Beijinhos

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