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segunda-feira, 6 de julho de 2009

QUEM SOU EU...


Quem sou eu p’ra reclamar
De um simples dia de chuva
Quem sou eu para julgar
Se o tom de pele é clara ou escura
Que direito tenho eu
De negar uma refeição
Se a maior parte do planeta
Nem conhece o sabor do pão
Que direito tenho eu
De resmungar se não há electricidade
Se tanta gente no mundo
Só tem o sol como claridade
Quem penso eu que sou
Quando inutilizo vestuário
Se existem tão pequenas crianças
Que nunca conheceram um berçário
Com que direito e com que lata
Critico, reclamo e desvalorizo
Uma vida de fácil tacto
Quando o que apenas preciso
É saber agradecer o facto
De amanhecer e acordar
Vendo os sorrisos de quem amo
Desejando que no próximo madrugar
Alguém consiga agradecer
Pelo novo dia que está a nascer
Porque ainda tem a quem sorrir
Não precisando mais esmola pedir.

1 comentário:

  1. Olá, este teu poema tem muita verdade :)
    Às vezes também devia dizer"QUEM SOU EU"
    Mais uma vez, lindo.
    Beijinhos
    Sandra

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