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terça-feira, 30 de julho de 2019

A minha Infância


O dia despontou ensolarado
Eu tinha que resolver um recado
Aproveitei e saí ainda bem cedo
A caminhada, assim com raios de sol
Torna-se mais calma, tipo caracol
Há que apreciar o lindo arvoredo

Ia a meio do meu destino
Quando um barulho repentino
Me faz parar um pouco assustada
Sinto um cheiro bom, não conheço
Mas que me faz sentir apreço
E oiço uma voz meiga e delicada

Olho em redor sem sucesso
Nada vejo, será que regresso?
Tenho receio de estar a delirar
Então a voz fala novamente
Pede desculpa pelo inconveniente
Mas tinha urgência em me falar

Perguntei quem era, o que queria
Tenho pressa, é uma correria
Preciso de cumprir com minhas obrigações
A sua voz, pareceu-me conhecida
Disse-me que já fez parte da minha vida
Numa altura em que não tinha medo dos arranhões

Continuei sem perceber com quem falava
Porque cheirava bem o perfume que exalava
E a voz insistia na sua importância
Disse sentir saudades do nosso passado
Desejou que concluísse com sucesso o meu recado
Que nunca me esqueceu, a minha infância

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Falta-me Vivacidade


Perdi-me nos passos apressados
Sem direcção, meio atolambados
Um caminho sem nexo algum
Tento parecer serena e em controle
Não encontro a minha prole
Sinto que não pertenço a lugar nenhum

O dia tanto está frio como está ameno
Não o percebo, mas não condeno
Desconfio que sofra de bipolaridade
Mudo o ritmo da minha caminhada
Quem sabe assim me sinto realizada
E desisto dessa tal banalidade

Eis-me chegada à aclamada meta
A minha insanidade quase despoleta
Carece de uma suposta finalidade
Então é isto chegar ao destino
E tristemente perder o tino
Porque sinto falta de vivacidade

sexta-feira, 19 de julho de 2019

O relógio na cozinha


Olho o relógio na parede da cozinha
Sinto que me diz algo em surdina
Apesar de saber que estou sozinha
Há uma presença que me causa adrenalina

Oiço o barulho dos ponteiros
Tudo o resto foi silenciado
Tornaram-se peritos alcoviteiros
Sempre com pressa em passar o recado

O relógio insiste na sua rapidez
E ocupa o meu tempo precioso
Peço-lhe só um pouco de sensatez
Preciso quebrar este ciclo vicioso

Por momentos o som é quase inaudível
Percebo que é agora o meu momento
Invento depressa uma mentira credível
E abandono o local sem consentimento

terça-feira, 16 de julho de 2019

Sorriso no rosto


Gosto de cumprimentar sempre com um sorriso no rosto
Gosto do que pode causar este gesto de bom gosto
Sei que nem todos são assim de simpatia estampada
Clamam que vivem num frenesim sem tempo para nada

Gosto de dar valor a quem me leva adiante
Ofereço do meu amor mesmo não sendo exuberante
Causa-me desconforto e alguma inquietação
Desviar-me de bom porto com tanta ingratidão

Gosto de unir esforços e lutar pela humanidade
Muitas vezes os esboços viram arte para a eternidade
Gosto de saber que alegrei o dia de alguém
Então continuo a crescer sem dever nada a ninguém

sexta-feira, 12 de julho de 2019

A Dulce e o Amendoim (Poesia Infantil)


A Dulce tem um gatinho
Com uma pinta no focinho
E olhos cor do mar

Quando a Dulce regressa da escola
O gatinho pula e rebola
Cheio de vontade de brincar

O seu nome é engraçado
Foi muito bem pensado
Chama-se Amendoim

A Dulce faz-lhe muitas festinhas
Gostam de brincar às casinhas
É uma alegria sem fim

Quando é hora de adormecer
O Amendoim vai-se encolher
No tapete do quarto da amiga

Recebe festas e beijinhos
E por vezes uns biscoitinhos
Que alegram a sua barriga

quarta-feira, 10 de julho de 2019

A Paciência


Numa tarde de calmaria
Com uma brisa aconchegante
Encontrei a paciência junto à ria
Pensativa sem nenhum acompanhante

Cheguei-me à sua beira
E cumprimentei-a com educação
Queria encontrar maneira
De perguntar se conhece a solidão

Meio encabulada, lá consegui perguntar
E ela sorridente me respondeu
A solidão é o único lugar
Onde se encontra o que se perdeu

Gabei-lhe a sensatez e a maturidade
Ter paciência não é para qualquer um
Disse-me que muitas vezes a felicidade
Nasce de quando se evita o zunzum

Despedi-me e agradeci a sabedoria
Espero encontra-la regularmente
A paciência sabe que a alegria
Não é um dom para toda a gente

sábado, 6 de julho de 2019

O Amor nada esquece


A essência que contempla o amor
Devia seguir sempre a rigor
E actualizar-se constantemente
Os efeitos chamados colaterais
Com causas nem sempre naturais
Incomodam e cansam a gente

O amor percorre de forma incansável
Um ideal por vezes irrealizável
Mas não desiste sem dar luta
O caminho feito lado a lado
Transmite um dever realizado
E um esforço de maioria absoluta

Um cuidado extra, acrescido de cautela
Com carinho dengoso de novela
É o tratamento que o meu amor merece
Se na estrada terminar o alcatrão
E a poeira me toldar a visão
Seguirei às cegas, o amor nada esquece


quinta-feira, 4 de julho de 2019

As minhas Flores (Poesia Infantil)


As flores do meu jardim
São coloridas e cheiram bem
As flores deixam-me assim
Com vontade de ser alguém

Rego-as com água fresquinha
Para as ajudar a crescer
De manhã e à tardinha
Passo sempre para as ver

As minhas flores são muito variadas
Tornam a minha casa mais bela
São todas por mim amadas
Adoro vê-las da minha janela

O meu jardim está como eu quis
Por ter as mais lindas flores
O meu coração é mais feliz
Está rodeado de pequenos amores

terça-feira, 2 de julho de 2019

De fino cristal


Jogamos com secreta ambição
A vitória está nos nossos planos
Somos resistentes à ilusão
E evitamos causar grandes danos

Jogamos pelas regras estabelecidas
Nunca fomos de fazer batota
As etapas ganhas ou perdidas
São lições, já que não conhecemos a derrota

Jogamos com a maior cautela
Porque este amor é de fino cristal
Até hoje não sofremos a mazela
De negligenciar um sentimento tão especial

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