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terça-feira, 2 de setembro de 2008

VOU E NÃO VOU

Vou enganar a saudade
Dizer que não sinto falta
E vou mentir p’ra verdade
Que o meu coração já não salta
Quando te vejo passar,
E esboçar um sorriso
Maior que as ondas do mar
Que me faz perder o juízo

Vou deixar secar
As rosas do meu jardim
Os cravos da minha varanda
E da janela o alecrim

Vou trocar as voltas
À rotina do meu amor
Trocar o dia e a noite
O frio e o calor

Vou abrir todas as portas
E perder as chaves sem querer
Porque este diz que é viver
Já não me seduz
E nem me traz essa luz
Que me devia abrigar
Do meu medo do escuro
E me devia ensinar
Que não é mais seguro
Depender de alguém
Que só nos bate à porta
Quando a preguiça não tem
Sinais de vida, está morta

Já dei a volta por cima
A este vou e não vou
E o sabor a limão e lima
Que tanto amargou
Já foi para a sucata
P’ra enganar mais um tolo
Que um belo ferro é prata

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