O vazio cobre a
imensidão visível
Nada é desejável ou
desprezível
O silêncio impera
com alguma altivez
A solidão diz que
adora este estado de surdez
O vento não tem
limites nem jurisdição
Sopra
descaradamente por nenhuma razão
Não há noite nem
dia para amanhecer
A penumbra informou
que vai para ali viver
O chão é pedregoso
e desajeitado
Não há nenhum
caminho demarcado
Nunca chove nem o
sol faz questão de brilhar
Uma estância
desabitada sem nada para dar
Ouvi dizer que a
morte passa lá as férias
Para descansar de
um mundo carregado de misérias