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domingo, 30 de junho de 2019

À espera do autocarro


Na correria dos dias arrastados
Vejo cada vez mais pesados
Os olhos daqueles com quem me cruzo
Nos bancos do, quase vazio, jardim
Não oiço nem vejo nenhum frenesim
Apenas solitários de rosto confuso

À espera do, já apinhado, autocarro
Lembram-me figuras de barro
Aqueles que mal se conseguem mexer
Os olhares tristes e indecifráveis
Projectam os sonhos vulneráveis
Que cobardemente deixaram morrer

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