Ao passar
numa rua da minha cidade
Encontrei
colado num poste de electricidade
Um panfleto
repleto de letras coloridas
Lá dizia
que buscavam urgentemente
Pessoas
que tratam os outros como gente
E saibam
como cuidar de almas feridas
Não tinha
qualquer limite de idade
Nem pedia
grau de escolaridade
Bastava
querer e saber ouvir os outros
Diziam
que estava em vias de extinção
A bondade
gratuita vinda do coração
E que
os membros ainda eram poucos
Para contactarmos
o anunciante
Ter atenção
ao compromisso importante
Estão em
causa sentimentos alheios
Era facultado
um número de telefone
Para que
o candidato impressione
E esclareça
todos os seus receios
Fui a
única que parei a ler o panfleto
Os que
passavam nem viraram o esqueleto
As
letras coloridas não foram o suficiente
Anotei
o contacto no meu caderno
Desejo
que possa vir a ser eterno
O amor
despretensioso e transigente
De livre vontade já estive a ler,
ResponderEliminarmais um fantástico poema de Isamar
como aquela imagem que estou a ver
de onde, ela, está não vou a tirar!
Admiro, esse, seu talento,
como bem colocas as palavras
são verdade que não invento
quem dos olhos deita lágrimas
porque chora de algum sofrimento!
Tenha com alegria Isamar, uma boa tarde de Domingo. Beijinhos.
Muito obrigada Edumanes pelos seus lindos versos, adorei!!!
EliminarBeijinhos e votos de uma excelente semana!
Beijinhos