É assim o nosso Amor

Saboroso como um doce tradicional

Único, diferente e especial

É assim o nosso amor

Acolhedor como a lareira no inverno

Quente, carinhoso e terno

É assim o nosso amor

 

Viciante como um livro de suspense

repleto de técnicas forense

É assim o nosso amor

Fresco como a chuva no verão

Calmo como um chá ao serão

É assim o nosso amor

Perdi-me, Amor

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Perdi-me, Amor, no teu abraço

E não me sobrou espaço

Caso quisesse fugir

Perdi-me, Amor, no teu beijo

Nem sabes como fraquejo

Mas não te vou admitir

Perdi-me, Amor, no teu olhar

Sei o que queres dizer com amar

Pertenço à tua irmandade

Perdi-me, Amor, nas mãos dadas

Dos passeios nas madrugadas

Amor, vou perder-me para a eternidade.

A Indecisão

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Sobrou ainda uma fatia

O bolo estava delicioso

A quem lá estava apetecia

Mas ninguém queria parecer guloso

Estavam especados a olhar

A tentação era crescente

Quase pareciam salivar

Mas ninguém lhe deitava o dente

Aquele que chega sempre atrasado

Sem nenhuma justificação

Pegou na fatia, descansado

E assim acabou a indecisão.

Confesso-Te

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Confesso-Te meus pecados

De alma, e coração desolados

Errei, peço clemência

Confesso-Te a minha fraqueza

A minha constante tristeza

Preciso da Tua resiliência

Confesso-Te minha ingratidão

A falta de pedir perdão

O vazio da minha auto-estima

Confesso-Te minha raiva

Forte como a saraiva

Para quem me subestima

Confesso-Te a cobardia

Minha tendência fugidia

O medo de ir mais além

Confesso-Te que me arrasto

E sem querer Te afasto

Ajuda-me a sentir o bem.

Se eu fugisse

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Se eu fugisse pela multidão

Assim sem medo, sem ilusão

Aposto que nem me vias passar

Nem saberias que não decidi ficar

Se eu chegasse ao outro lado

Mesmo pelo caminho errado

Sei que não te iria escrever

Chega de mim não quereres saber

Se eu construísse o meu castelo

Com tudo o que acho de belo

Não te iria informar a morada

Nunca caminhaste na minha estrada.

O Cupido

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O cupido fez das suas

Correu todas as ruas

Em busca da sua presa

Eram poucos os apaixonados

Que queriam ser testados

E não gostaram da surpresa

Ao final da tarde

Depois de tanto cobarde

Deu por terminado o serviço

O cupido chegou à conclusão

Que já ninguém sofre de paixão

E preparou o seu sumiço.

Uma Flor amarela

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Uma linda flor amarela

No vaso pequeno da janela

Quem passa gaba o cheirinho

Quem lá mora trata com carinho

Pétalas macias como cetim

Quem lhes toca acha assim

Enfeitam a casa da aldeia

E alegra quem a rodeia

O simples é tão belo

Há tanta beleza no singelo

A natureza assim o quis

E o povo assim o diz.