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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Pedi licença à tristeza


Pedi licença à escuridão da madrugada
Para partir um pouco mais cedo
Hoje falta-me ver luz na enseada
Preciso dar um fim a este medo

Pedi licença ao nevoeiro intenso
Para se dissipar com mais rapidez
Eu sei que consigo, mas quanto mais penso
Acabo sempre aliada à pequenez

Pedi licença à tristeza que me acompanha
Sugeri-lhe que tirasse um dia para férias
Finjo que gosto dela, mas faço manha
Causa-me mal-estar e entope-me as artérias

2 comentários:

  1. E uma pessoa educada pede sempre licença...
    Gostei do poema, é magnífico.
    Isa, continuação de boa semana.
    Beijo.

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