O senhor
Américo que mora na casa pequena
Já chegou
aos “entas” de uma vida plena
Acorda
cedo para ir comprar o pão
Vive de
uma reforma de pouco tostão
A sua
esposa há muito que partiu
Os filhos
assumem que ninguém os pariu
Depois
de enviuvar adoptou um canito
Um
rafeiro castanho, minorca e bonito
Lá passam
os dois, sempre lado a lado
A fidelidade
é um bem a ser preservado
Conversa
com o rafeiro, de nome Bobby
É o
fiel amigo que está sempre ali
Quando
à tarde o sol bate na soleira da porta
É ver
os dois sentados, nada mais importa
Nos, poucos,
vizinhos encontra amparo
A velhice
é tramada e custa caro
Tem sempre
um sorriso e uma saudação
Por
muito que lhe custe levantar a mão
O Senhor
Américo da casa pequena
Do muito
que viu, já nada condena
Ainda tem
saudades da vida de casado
A sua
Clarice fazia-lhe um bem danado
Agora espera,
com paciência a sobrar
O dia
em que este mundo vai deixar
Só pediu
aos vizinhos o grande favor
De cuidarem
do seu Bobby com amor
Olá:- Em muitas zonas mais isoladas do Alentejo ainda existem muitas pessoas a viverem assim num isolamento (quase ) total.
ResponderEliminarPor vezes têm a companhia de um ou dois cães e de um ou dois gatos. Áh e também de duas ou três galinhas e um galo.
E, pouco, muito pouco mais.
Gostei muito do poema que aflora, e muito bem, essa situação do isolamento de certas pessoas
.
Cumprimentos poéticos
É verdade Ricardo, infelizmente ainda há muito isolamento sénior.
EliminarObrigada, beijinhos
E há milhares de Américos e Américas, a quem apenas um animal quebra a solidão.
ResponderEliminarAbraço
É mesmo Elvira.
EliminarBeijinhos
Um espetacular poema,
ResponderEliminarfoi muito bem imaginado
ao senhor Américo dedicado
que mora naquela casa pequena.
Tenha uma boa noite amiga Isamar. Beijinhos virtuais não contagiam.
Obrigada Edumanes.
EliminarBeijinhos e abraços virtuais não contagiam :)
Fantástico poema muito irónico também!:))
ResponderEliminar-
Beijos. Boa noite!
O tema não é para rir, mas o verso 'os filhos assumem que ninguém os pariu', fez-me rir. Já os últimos versos emocionaram-me...
ResponderEliminarO Sr Américo não está muito mal, é independente, tem o seu fiel amigo, vive num lugar despoluído onde os vizinhos se conhecem...
Um pequeno conto que resultou muito bem poetizado.
Parabéns, Isabel.
Tudo pelo melhor.
Beijinhos
~~~~~
Obrigada Querida Majo pelas suas palavras.
Eliminarbeijinhos
Uma história poeticamente bem contada.
ResponderEliminarGosto da tua poesia, é diferente da que se vê habitualmente.
Querida amiga Isabel, continuação de boa semana.
Beijo.
Muito obrigada Querido Jaime pelas suas simpáticas palavras.
EliminarBeijinhos
Passando para desejar uma boa tarde!
ResponderEliminar-
Sinto uma brisa saudar-me ao alvorecer. [Poetizando e Encantado]
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Beijo, e um excelente fim de semana
Um conto em quadras… com arte e cadência e em particular, um estilo muito seu, com as "verdades" nele contidas, com a realidade dura e crua…
ResponderEliminarBeijinho
Obrigada Sam pelas suas palavras.
EliminarBeijinhos