Abri o último frasco
Da reserva das minhas forças
P’ra fazer frente ao fiasco
Que transformou o mau mar em poças.
Peço-te que sejas inesgotável
Porque não sei onde mais te ir comprar
Se à loja das loucuras e demências
Se ao simples brilho de um olhar.
Vou usar-te cuidadosamente
Ó força que me restas p’ra viver
E vou crer piamente
Que te vais duplicar sem eu saber.
Cria em mim a ilusão
De que sou capaz do impossível
Caso contrário o meu coração
Vai ceder e tornar-me desprezível.
Ao fechar o frasco devagar
Estremeço, gemo que até meto dó
Porque não há pior medo
Que o saber que agora já estou só.
AVISO
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segunda-feira, 18 de agosto de 2008
INVEJA
Não tem cura, nem remédio
Nem sequer porque aparece
Se calhar do imenso tédio
De que a pessoa padece.
Não é genética nem tem cura
Nem tão pouco tem motivo plausível
Provoca uma certa amargura
E um efeito desprezível.
Causa danos e mal-estar
A quem por ela é afectada
Maldita sejas ó “doença”
Que sem sintomas és malvada.
És usada diariamente
Por almas vazias e acomodados
Inveja é o teu nome próprio
E alcunha “arma dos derrotados”.
Nem sequer porque aparece
Se calhar do imenso tédio
De que a pessoa padece.
Não é genética nem tem cura
Nem tão pouco tem motivo plausível
Provoca uma certa amargura
E um efeito desprezível.
Causa danos e mal-estar
A quem por ela é afectada
Maldita sejas ó “doença”
Que sem sintomas és malvada.
És usada diariamente
Por almas vazias e acomodados
Inveja é o teu nome próprio
E alcunha “arma dos derrotados”.
QUAL GUERRA
Parti p’ra guerra desarmada
Sem coragem, medo,
Desamparada!
Roubei as armas do passado
Das batalhas de ninguém
E enfrentei o desagrado
Da acidez que a vida tem.
Lutei por nada sem sentido
E por tudo sem saber
Gritei e sofri pelo perigo
Da vitória que não queria ter.
Esgotaram-se as forças e os ideais
De uma guerra de heróis baratos
E quando os mártires já não o são mais
Apela-se até ao mais comum dos fracos.
Porquê ter que lutar p’ra ser herói
Se até a escuridão já nos corrói
Basta aprender a ver em cada dia
A luta que travamos com sabedoria.
Sem coragem, medo,
Desamparada!
Roubei as armas do passado
Das batalhas de ninguém
E enfrentei o desagrado
Da acidez que a vida tem.
Lutei por nada sem sentido
E por tudo sem saber
Gritei e sofri pelo perigo
Da vitória que não queria ter.
Esgotaram-se as forças e os ideais
De uma guerra de heróis baratos
E quando os mártires já não o são mais
Apela-se até ao mais comum dos fracos.
Porquê ter que lutar p’ra ser herói
Se até a escuridão já nos corrói
Basta aprender a ver em cada dia
A luta que travamos com sabedoria.
MEU MAR
Ó mar impiedoso e dominador
Que implicas por nada e por coisa nenhuma
Peço-te em todo o teu esplendor
Que me leves contigo na espuma
Rendi-me ao teu infinito azul
E ao teu cheiro a maresia
Promete que em cada onda tua
Me devolves as conchas da alegria
Ó imenso mar que me seduz
Vem deitar-te a meu lado na areia
E diz-me baixinho ao ouvido
Que sou só eu que trazes na ideia
Sinto na tua água tão gelada
O calor que outrora ela sentiu
E regresso ao mundo renovada
Da Paz e da luz que me seguiu
Agradeço-te ó mar sábio
Estrada de tantos aventureiros
Por levares a cada porto
E cada porto ao mundo inteiro
Que implicas por nada e por coisa nenhuma
Peço-te em todo o teu esplendor
Que me leves contigo na espuma
Rendi-me ao teu infinito azul
E ao teu cheiro a maresia
Promete que em cada onda tua
Me devolves as conchas da alegria
Ó imenso mar que me seduz
Vem deitar-te a meu lado na areia
E diz-me baixinho ao ouvido
Que sou só eu que trazes na ideia
Sinto na tua água tão gelada
O calor que outrora ela sentiu
E regresso ao mundo renovada
Da Paz e da luz que me seguiu
Agradeço-te ó mar sábio
Estrada de tantos aventureiros
Por levares a cada porto
E cada porto ao mundo inteiro
ONDAS DO MAR
Ó! Ondas da minha ilusão
Por que vêm morrer na praia
Por que insistem em tal posição
E não desistem, nem que o céu caia
Preferem confiar à areia
Os meus porquês sem resposta
E assim me apanharem na teia
Dos vencedores sem aposta
E quando a certa altura
Já morrem um pouco mais perto
Ao ver a areia mais escura
Percebo a solidão do deserto
Não queiram ó ondas tão belas
Ser pertença de alguém
Porque por mais leves que sejam as fivelas
Nada se compara ao valor que a liberdade tem
Por que vêm morrer na praia
Por que insistem em tal posição
E não desistem, nem que o céu caia
Preferem confiar à areia
Os meus porquês sem resposta
E assim me apanharem na teia
Dos vencedores sem aposta
E quando a certa altura
Já morrem um pouco mais perto
Ao ver a areia mais escura
Percebo a solidão do deserto
Não queiram ó ondas tão belas
Ser pertença de alguém
Porque por mais leves que sejam as fivelas
Nada se compara ao valor que a liberdade tem
terça-feira, 5 de agosto de 2008
MÃE
(Dedicado à nossa mãe Rosa)
Mãe não pede, não exige, não reclama
Mãe só vive para aqueles que mais ama
Mãe não quer saber se o sol não vai brilhar
Mãe só descansa quando o seu filho pára de chorar
Mãe é quem dá sem pedir em troca
Mãe é quem se for preciso tira da sua boca
Mãe é aquela que nos enxuga as lágrimas quando teimam em cair
para o nosso rosto voltar a ver sorrir.
Mãe só vive para aqueles que mais ama
Mãe não quer saber se o sol não vai brilhar
Mãe só descansa quando o seu filho pára de chorar
Mãe é quem dá sem pedir em troca
Mãe é quem se for preciso tira da sua boca
Mãe é aquela que nos enxuga as lágrimas quando teimam em cair
para o nosso rosto voltar a ver sorrir.
O MEU CÉU
Rendi-me ao céu e às estrelas
E parti nesta aventura
Não levei nenhuns reforços
Só alegria da mais pura.
Voei por entre os meus desejos,
Meus sonhos e meus medos
Lembrei-me num segundo dos teus beijos
E esqueci por completo os meus segredos.
Perguntei ao azul do céu
Porque sentia esta ansiedade
Disse que não era só eu
A sofrer desta enfermidade.
Vou cortar em pedacinhos
E guardar na algibeira
A nuvem dos meus anjinhos
Mas a estrela vai inteira.
Procurei em meu redor
Um lugar p’ra me estabelecer
E vender o meu amor
A quem dele quiser viver.
Nem deu tempo para analisar
Bem a fundo a questão
Ouvi lá de baixo gritar:
“é só teu o meu coração”.
E parti nesta aventura
Não levei nenhuns reforços
Só alegria da mais pura.
Voei por entre os meus desejos,
Meus sonhos e meus medos
Lembrei-me num segundo dos teus beijos
E esqueci por completo os meus segredos.
Perguntei ao azul do céu
Porque sentia esta ansiedade
Disse que não era só eu
A sofrer desta enfermidade.
Vou cortar em pedacinhos
E guardar na algibeira
A nuvem dos meus anjinhos
Mas a estrela vai inteira.
Procurei em meu redor
Um lugar p’ra me estabelecer
E vender o meu amor
A quem dele quiser viver.
Nem deu tempo para analisar
Bem a fundo a questão
Ouvi lá de baixo gritar:
“é só teu o meu coração”.
DOCE INOCÊNCIA
Doce inocência no olhar
Luz da minha escuridão
Conheço-te só pelo respirar
Meu príncipe do coração.
Acordei com a certeza
Que o meu sonho não tem fim
Por ti renego minha beleza
Pedaço de vida, pedaço de mim.
Criei o meu castelo pelo sentido
E pela razão que me faz caminhar
Em nenhum recanto te vais sentir perdido
Porque marquei cada caminho com a palavra amar.
Vou pintar-te no silêncio de um sorriso
Com as aguarelas que pintei meu coração
Por ti faço o que for preciso
Minha melodia de cada canção.
Ajuda-me a abrir os olhos lentamente
E segura-me devagar
Quero sentir-te sempre presente
Em cada passo do meu caminhar.
Ainda sinto o cheiro das flores
Que me deste quando chorei
Parece que ainda lhes vejo as cores
E os beijos que soluçando te dei.
Luz da minha escuridão
Conheço-te só pelo respirar
Meu príncipe do coração.
Acordei com a certeza
Que o meu sonho não tem fim
Por ti renego minha beleza
Pedaço de vida, pedaço de mim.
Criei o meu castelo pelo sentido
E pela razão que me faz caminhar
Em nenhum recanto te vais sentir perdido
Porque marquei cada caminho com a palavra amar.
Vou pintar-te no silêncio de um sorriso
Com as aguarelas que pintei meu coração
Por ti faço o que for preciso
Minha melodia de cada canção.
Ajuda-me a abrir os olhos lentamente
E segura-me devagar
Quero sentir-te sempre presente
Em cada passo do meu caminhar.
Ainda sinto o cheiro das flores
Que me deste quando chorei
Parece que ainda lhes vejo as cores
E os beijos que soluçando te dei.
QUANDO O CORAÇÃO (NÃO QUER SABER)
Quando o coração não quer saber
E a razão nos vira do avesso
Não importa se é bom ganhar ou perder
E se por entre tudo atravesso
Quando o coração não sente a dor
Dum passado tão sofrido
Não importa se a natureza no seu esplendor
Nos leva ao mais puro infinito
Quando o coração não sabe falar
A linguagem do entendimento
Não importa o quanto sabes soletrar
Pois perdes até o mais lindo sentimento
Quando o coração não quer ouvir
A mais bela oração
Não importa se sabes cair
Pois não vais ultrapassar o limite do chão
Quando o coração insiste em negar
E não faz nem a mais simples função
Não importa se os olhos vais fechar
Porque vais continuar sem direcção.
E a razão nos vira do avesso
Não importa se é bom ganhar ou perder
E se por entre tudo atravesso
Quando o coração não sente a dor
Dum passado tão sofrido
Não importa se a natureza no seu esplendor
Nos leva ao mais puro infinito
Quando o coração não sabe falar
A linguagem do entendimento
Não importa o quanto sabes soletrar
Pois perdes até o mais lindo sentimento
Quando o coração não quer ouvir
A mais bela oração
Não importa se sabes cair
Pois não vais ultrapassar o limite do chão
Quando o coração insiste em negar
E não faz nem a mais simples função
Não importa se os olhos vais fechar
Porque vais continuar sem direcção.
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