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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010



Vou deixar de estar à sombra
Da sombra daquilo que quero ser
Porque muitas vezes a sombra que vejo
Não reflecte a sombra do que estou a ver

Vou pedir ao Sol para brilhar
Para que o meu brilho se possa ver melhor
E brilhando lado a lado com o Sol
Tenho a certeza que o meu brilho vai ser maior

Vou deixar sair as lágrimas para chorar
Porque chorar traz-me liberdade
Confesso que chorar me faz mais lúcida
Mesmo que acabe a chorar sem ter vontade

Vou pedir para desistir da vida
Porque esta vida já não me leva amparada
E ao chamar a vida a prestar contas
Descobri que a vida se encontra liquidada

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


Lá vem o Tino da Josefina
Por este andar não chega a casa
Já rezou em tantas capelas
Que leva o grãozinho na asa

Ó malandro, a estrada é toda dele!
Tenho pena do pobre coitado
O álcool não é meigo com ele
E deixa-o naquele triste estado

Ora cai, ora se levanta
Ai que ele já não vê é nada
Ainda se engana na porta
E anda nisto até de madrugada

A Josefina se o vê chegar assim
Até o ensina a coser à mão
Chega-lhe tanto a roupa ao pêlo
Que ele fica lúcido no primeiro safanão

Mas o Tino não ganha juízo
E amanhã é sempre um novo dia
Que venham a ele as bebidas
Porque sóbrio nada se fazia.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010



Confesso que não acredito
Nas confissões que hoje ouvi
Confesso que quando me confesso
Nem sempre me confesso só a ti


Confesso que os sorrisos que hoje dou
Não confessam o melhor de mim
Confesso que nem me sei confessar
Quanto mais fingir que me confesso assim


Confesso que não faço confissões
Nem aceito que me queiram julgar
Pois confesso que melhor que eu não há
Para me saber ouvir e confessar
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