A manhã trouxe um
frio avassalador
A geada cobre o
chão que daqui a pouco vou pisar
Sinto frio, as mãos
anseiam o calor
Faço um café
quente, aconchego-me com o seu sabor
Procuro o primeiro
raio de sol, ajuda-me a acordar
Ainda é cedo quando
saio, a rua está quase deserta
Poucos foram os
corajosos como eu
A brisa corre de
mansinho, mas é esperta
Continua fria, com
a porta sempre aberta
Quem chegar tarde
nem sabe o que perdeu
No meu, monótono e
rotineiro, regresso
Já não sou só eu
que vagueio de esqueleto gelado
Há os que,
exageraram e, usam roupa em excesso
E os que insistem e
se debatem com o processo
Eu, simplesmente,
levo o casaco mais apertado