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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Leiga a Navegar

Fiz-me ao mar, no bote já envelhecido

Sou leiga a navegar, mas o foco não está comprometido

Os remos são pesados, as ondas dão-me luta

Os problemas já estão elaborados, é certa a disputa

 

O céu leva-me, sem questionar o trajecto

A coragem, aos poucos, aguça-me a destreza

Revejo os planos do ambicioso projecto

Sozinha em alto mar, junto-me com a correnteza

 

A brisa marinha, toca-me o rosto envergonhadamente

Nasce-me uma rainha, que morre prematuramente

Sou um navegador, em água bravia e salgada

Rasgo o mar com clamor, lavando a alma magoada

 

As velas obedientes, corajosas e altivas

São a companhia ideal nesta viagem

Remando, as minhas raízes estão mais vivas

Eu, o mar e o céu, chegam de bagagem

 



8 comentários:

  1. Mesmo sem saber navegar, chegaste muito bem! Linda poesia! bjs, chica,ótima semana!

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    1. Obrigada querida Chica, beijinhos

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    2. Remando, as minhas raízes estão mais vivas

      Eu, o mar e o céu, chegam de bagagem

      Boa tarde de paz, querida amiga Isamar!
      Tão linda sua sensação.
      Adorei a poesia com sentimentos envolventes.
      Muitas vezes somos assim ...
      Só não devemos ser bote à deriva.
      Tenha dias abençoados!
      Bjm carinhoso e fraterno

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  2. Navegar é preciso...
    E, quem não sabe, depressa aprende. De contrário naufraga.
    Excelente poema, gostei muitíssimo.
    Continuação de boa semana, querida amiga Isabel.
    Beijo.

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    1. Obrigada Querido Amigo Jaime pela suas palavras.
      Fique bem, beijinhoS!

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