A estrada ainda é
de terra batida
Rodeada de
eucaliptos e carqueja
A gente passa por
lá despercebida
A calma continua a
ser a preferida
É um sossego que
nem todo o mundo deseja
As casas, escassas
e desabitadas
Complementam o
silêncio do lugar
As pessoas ali
nascidas e criadas
Desertaram para as
modernices desejadas
Abandonando o que
tinha mesmo de ficar
Nos dias de calor,
o pó percorre a estrada
Na chuva, a lama
toma conta do sucedido
Podia ser chamado
de terra encantada
Mas a vida
armou-lhe uma cilada
O povo escolheu a
cidade, iludido