Há quem guarde a
esperança
Bem apertada como
uma trança
Para, se um dia, a
coragem estremecer
Termos um abrigo
onde recorrer
Há quem viva
isolado de fraternidade
Agindo com a maior
normalidade
Evitando a todo o
custo a partilha
Enclausurando o
amor numa ilha
Iludem-se que o
mundo pode evoluir
Sem compaixão nem
generosidade se sentir
Há quem sofra pela
tristeza do irmão
E faz o possível
para dar mais que a mão
A vida só pode ter
um verdadeiro sentido
Se viver, englobar
um amor repartido
O universo recebe o
que lhe é dado
E retorna na mesma
moeda, sem nenhum trocado