Perdi
a certeza do motivo da minha existência
As dúvidas
assolam agora os meus dias
Pergunto-me
“como é que tu vivias?”
Se agora
pareço entregar-me à decadência
A lista
dos prós e contras que elaborei
Já não
faz sentido algum para mim
Não aceito
que me vou deixar assim
Ter que
assumir a todos que não lutei
As ideias
baralham-se na minha cabeça
E a
organização sempre foi o meu forte
Será desta
maneira que irei conhecer a morte?
Espero
veementemente que alguém me apareça
Dizem
as mentes sempre entendidas
Que amanhã
podemos sempre recomeçar
Penso que
elas querem mesmo acreditar
Que nunca
se irão sentir perdidas
Então amanhã
volto à cepa torta
Provavelmente
já com tudo resolvido
O
futuro certamente estará comprometido
Já que
a ambição continua morta