(imagem retirada da internet)
A chuva ofereceu-se para
pernoitar
Sem ninguém autorizar
E até fez a própria cama
Passou a noite a bater na
janela
Iluminada com a luz da vela
E a sujar o chão com lama
As suas gotas eram frias e
grossas
E ao cair nas poças
Perdiam-se no meio da água
Não quis nenhuma companhia
Nem mala ela trazia
Apenas se acompanhava da mágoa
E choveu até de madrugada
Deixando uma manhã gelada
E um silêncio perturbador
No momento da partida
A chuva quis ser uma querida
E ofereceu-nos um arco-íris
multicor.