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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Já não vendem papel

Fonte: Google Images

Já não vendem na papelaria
O papel que eu queria
Para te escrever uma carta
Colocava hoje no correio
Recebias o meu devaneio
Amanhã ou na quarta

Parece que a electrónica
Passou a ser icónica
No mundo suposto real
Não vou seguir a moda
Nem entrar na roda
Só porque se tornou banal

Na loja lá no Paço
Vendem papel almaço
Vai ter mesmo de servir
Quero escrever à mão
O que sente o meu coração
Preciso de me exprimir

A caneta é banal
Nada de especial
Mas a letra é caprichada
Lê com todo o cuidado
É para ti meu amado
Esta missiva apaixonada.

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