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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Autor de Estante


Como um fósforo que arde depressa
Assim se resume o meu dia
Por muito que esteja cheia a travessa
A minha alma continua sempre vazia

A tinta da caneta está a chegar ao fim
E ainda não escrevi tudo sobre mim
As folhas do caderno parecem intermináveis
E as ideias decidiram tornar-se dispensáveis

A música que está a tocar na rádio
Lembra-me palavras de um sábio
Deixo a melodia ganhar terreno
E o meu cubículo tornou-se mais sereno

A lua está de quarto minguante
Parece que de tudo me afasto
Um dia chegarei a autor de estante
E o meu livro, de tanto ser lido, ficará gasto

9 comentários:

  1. Tenho a certeza que terá o seu lugar na estante.
    Gostei muito Isamar.
    Dias agradáveis, harmoniosos e inspirados.
    Beijinhos
    ~~~~~

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  2. Olá, Isa!

    Poesia sempre rimada e mto bem pensada.
    Esperemos todos que os seus livros (não sei quantos tem publicados) fiquem "velhos e gastos" de tanto serem lidos. É bom sinal.

    Já escreveu poesia sem rima? Novas experiências são de tentar.

    Beijos e boa semana.

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    Respostas
    1. Olá Céu, nunca publiquei nenhum livro.
      Poesia sem rima, ainda não, mas quem sabe não me aventuro.
      Obrigada, beijinhos!

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  3. Gostei de ler. Que o seu sonho se torne realidade.
    Abraço

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