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sábado, 30 de novembro de 2019

A casa que foi nossa


Nos mosaicos da casa que foi nossa
Alguém pintou um coração partido
Não é que me afecte, mas faz mossa
Estou a tentar ultrapassar, sem alarido

O telhado da casa que nos pertenceu
Começou a ceder ao abandono
Desistiu de encobrir o mal que aconteceu
Já não vai resistir a este outono

As janelas da nossa casa encantada
Estão estilhaçadas e desprovidas
A vida que prometeste requintada
Nunca conheceu senão as feridas

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Anos Oitenta


Há demasiadas vaidades
Consumidas por futilidades
Padrões de vida vergonhosos
Voltámos aos anos oitenta
Nas roupas, não na sebenta
Mas não regressaram os bons modos

Usa-se e abusa-se da roupa larga
Porque um tolo burro de carga
Decidiu que, por agora, é tendência
Pena que a educação e a humildade,
O amor ao próximo e a fraternidade
Não voltaram a ser regra de excelência

Vive-se sem pensar demasiado
Que horror ser bem comportado
O passado voltou, mas só na imagem
Pobres os que seguem modas alheias
Seres vazios de almas feias
Perderam o melhor na viagem

Se decidiram voltar ao passado
E lançar a moda do desajeitado
Que o fizessem com fiel reprodução
Os “manequins” dos oitenta eram mais pacientes
Sabiam ouvir e estar presentes
Usavam a largueza também no coração

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Jesus, meu Amigo (Poesia Infantil)


O meu Amigo Jesus
Cuida muito bem de mim
Guia-me com a Sua luz
Faz-me sentir doce como quindim

Nunca me esqueço de agradecer
Todas as bênçãos que me oferece
Rezo-lhe antes de adormecer
E faço-lhe sempre uma prece

Jesus é bom e protector
Vigia quem dele precisa
Sou grato pelo Seu amor
Por nunca me faltar camisa

Jesus Cristo é nosso Salvador
Por nós sofreu injustamente
Obrigado por tudo Nosso Senhor
Sem Ti nunca estaria contente

domingo, 24 de novembro de 2019

O teu nome no muro

Pintei num muro de uma rua vazia
O teu nome em tinta colorida
Não percebi porque o fazia
Mas na altura soube-me pela vida

Duvido que alguém o vá ler
A rua é mais deserta que o teu coração
Na altura pareceu-me certo escrever
E o teu nome foi a mais rápida opção

Se algum dia passares por cá
Demora-te junto ao muro riscado
O meu amor parece que ficou por lá
Junto ao nome que o deixou abandonado

A letra foi a melhor que consegui
Também não merecias muito melhor
Depois de tudo o que por ti sofri
Tiveste sorte em não ter feito pior

Até que as intempéries tudo apaguem
O teu nome estará sempre visível
As pedras do muro, agora sabem
Que, infelizmente, és substituível

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Combater a maleita


Não entro sem pedir licença
Mas há muita gente que pensa
Que pode, manda e quer
Não me faço de convidada
Aprendi a ser educada
E a não meter a colher

Não concordo se me deitam abaixo
Tenho sempre aceso o facho
E sigo iluminando o meu sonho
Sei de que estopa sou feita
Aprendi a combater a maleita
O meu dia nunca é enfadonho

Não gosto de ostentação
Causa-me alguma aversão
Lindo é o que somos por dentro
Não sou de julgar um louco
Porque de normal tenho pouco
E muitas vezes me desconcentro

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O amor de um Cão

o meu Nico ♥


De focinho sempre alerta
Com astúcia e alma esperta
A cauda não pára de abanar
É a alegria ao ver o dono chegar

Com lealdade acima da média
E inteligência de enciclopédia
Ter um cão é ser rico de amor
E da humanidade ser conhecedor

Existem anjos sem asas que não voam
Existem seres que, sem julgar, nos perdoam
O melhor remédio para um triste coração
É o carinho e o altruísmo de um cão

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Quem diz amar sem amor


Quem segue o amor sem amar
Fingindo que ama e quer ficar
Nunca o amor conheceu
Quem diz amar perdidamente
E finge que ama loucamente
Nunca a arte de amar aprendeu

Quem muitas vezes diz amar
E que o amor é fácil de explicar
Nunca na vida amou ninguém
Quem escreve amor com banalidade
E diz que vai amar para a eternidade
Não sabe o sabor que o amor tem

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Lembro-me (A Escola)


Lembro-me do primeiro dia de escola
Do medo da emancipação
Lembro-me da cor da minha sacola,
Do lápis, da borracha, do bater do coração

Lembro-me de me sentir grande
Naquele tão pequeno começo de vida
Lembro-me de achar tão longo o caminho
Mas de o fazer altiva, decidida

Lembro-me do cheiro da minha carteira,
do barulho do choro de outra criança
Lembro-me da cor da lapiseira
Com que comecei a escrever a esperança

Lembro-me da campainha que tocava,
pela emoção ao acabar mais um dia
Lembro-me de como depressa passava
O recreio onde brincava e tudo podia

Lembro-me de me lembrar como seria
Lembrar-me daquele passado tão inocente
Lembro-me de pensar se estaria
Triste, com saudades ou diferente

Lembro-me do último dia de escola
Das saudades que ainda não tinham chegado
Lembro-me do cheiro da minha sacola
Ao deixar para trás um pouco do meu passado


quarta-feira, 13 de novembro de 2019

A Sara e a gata Lena (Poesia Infantil)

Autoria da boneca: https://pixabay.com/illustrations/girl-cute-girl-cat-little-girl-3508781/

A Sara mora numa vila pequena
Gosta de animais e de brincar na rua
Tem uma gata branca chamada Lena
Diz que não há mais linda que a sua

A Sara e a Lena passam a tarde a brincar
Brincadeiras muito divertidas
A gatinha gosta muito de saltar
E finge que joga às escondidas

A Sara trata muito bem da amiga
Dá-lhe comida, amor e dedicação
A gatinha gosta de festas na barriga
São amigas de alma e coração

A gatinha Lena ronrona no colo da Sara
Parece um pequeno aprendiz
Às vezes também lhe lambe a cara
Ter um gato é ser mais feliz

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

De rosário na mão


Nas contas do rosário entre os dedos
Confio o que me pesa no peito
Entrego todos os meus medos
E sei que alcançarei a paz no leito

Em cada Avé-Maria e Pai Nosso
A esperança renasce no meu pensamento
O meu bem-estar é todo Vosso
Cada oração é um novo alento

Com o rosário seguro na mão
Peço e agradeço toda a Tua bondade
Cada mistério é uma salvação
Para o que atormenta a humanidade

De olhos fechados e coração aberto
A rezar conforto minha dor
O terço é como água no deserto
E como a brisa num dia de calor

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Não se comparam a ti

A doçura num rebuçado de mentol
E o calor que a minha pele recebe do sol
Não se comparam à tua companhia
A frescura da sombra de um castanheiro
E o perfume das rosas num canteiro
Não se comparam à tua simpatia

A suavidade de um cobertor de algodão
O conforto de um dia de verão
Não se comparam ao amor que me dás
A calma de um chá de camomila
O aconchego de uma pequena vila
Não se comparam ao tamanho da tua paz

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