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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Já não vendem papel

Fonte: Google Images

Já não vendem na papelaria
O papel que eu queria
Para te escrever uma carta
Colocava hoje no correio
Recebias o meu devaneio
Amanhã ou na quarta

Parece que a electrónica
Passou a ser icónica
No mundo suposto real
Não vou seguir a moda
Nem entrar na roda
Só porque se tornou banal

Na loja lá no Paço
Vendem papel almaço
Vai ter mesmo de servir
Quero escrever à mão
O que sente o meu coração
Preciso de me exprimir

A caneta é banal
Nada de especial
Mas a letra é caprichada
Lê com todo o cuidado
É para ti meu amado
Esta missiva apaixonada.

terça-feira, 24 de julho de 2018

Sinto-me sem rumo

Fonte: Google Images

Sinto-me pior que poeira do chão
Desvairada em dia de ventania
Perco tantas vezes a razão
Nunca disse realmente o que queria

Sinto-me pior que água da sarjeta
Tristemente tornei-me obsoleta
O vazio agora sou eu
Perdi ao jogo com a mediocridade
Já não encontro a felicidade
Levaram tudo o que era meu

Sinto-me pior que as grades do jardim
Enferrujadas com o passar do inverno
Juro que nunca quis isto p’ra mim
Será este sofrimento eterno?

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Há gente que acredita

Fonte: wallpaperswide.com

Há gente que mora à beira-rio
Longe de qualquer civilização
Há gente que nunca sente frio
Porque lhes chega o calor do coração

Há gente que passa os serões à varanda
Junto do seu fiel companheiro
Há gente que não liga a propaganda
Porque sabe como gerir o seu dinheiro

Há gente que gosta de terra batida
E de percorrer o caminho a pé
Há gente que vê no barco uma saída
Para quando subir a maré

Há gente que aprecia a simplicidade
E se rodeie de natureza
Há gente que acredita que a liberdade
É de todas a maior riqueza.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Trabalhar diariamente

Fonte: Google Images

Ter um ofício é de louvar
O trabalho é gratificante
Quem passa os dias a labutar
Sabe priorizar o importante

Poder fazer a diferença
Com o nosso trabalho diário
Faz com que a nossa presença
Crie um mundo mais solidário

Combater a maldita ociosidade
É uma batalha em desenvolvimento
O trabalho gera mais vontade
E ajuda no amadurecimento.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

A casa que foi tua

Fonte: Google Images



Encontrei pedacinhos de ladrilhos

Espalhados pelos trilhos

Que levam à casa que foi tua

Guardei alguns na carteira

Antes que fossem para a lixeira

Para me lembrar daquela rua



O portão emperrou com a ferrugem

As folhas são a sua penugem

Já não mais te viram chegar

A casa está em ruína

Já não tem a adrenalina

Do tempo em que sabíamos amar



A natureza vai engolir

E sem pena destruir

Tão linda habitação

Quem passa na estrada

Sempre de vida apressada

Apenas verá a vegetação.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Apontar o dedo

Fonte: Google Images



Gostas de me apontar o dedo

Achas-te sempre melhor

Mas sabes, não tenho medo

Tu serás sempre pior



Gostas de me julgar

Acreditas que sabes demais

Não aprendeste a estudar

Nem sabes usar os pedais



Gostas de ser superior

E de me olhar de cima

Tenho pena do teu interior

Mais azedo que lima.

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Aproveitar a Criancice



Foi a jogar às escondidas
E nos saltos à corda
As lembranças mais queridas
Que a minha alma recorda

Foi nos torneios de berlinde
E a andar de bicicleta
Que recebi o melhor brinde
Ter a infância predilecta

Foi de crescer sem pressa
E de aproveitar a criancice
Que quando a saudade regressa
Ainda não conheço a velhice.


segunda-feira, 2 de julho de 2018

Somos dois foragidos

Fonte: Google Images

Encontramo-nos escondidos
Feito dois foragidos
Em busca do prometido amor
Por breves minutos
Éramos mais astutos
Que ladrão em casa de penhor

Sabe sempre a pouco
Este amor tão louco
E tão difícil de agradar
Quem nos rodeia
Não faz a menor ideia
Que já pensamos em casar

Querem-nos ver separados
Mas estão bem enganados
Se pensam que vão conseguir
O nosso amor é feito cimento
Resiste ao passar do tempo
É o nosso melhor elixir

Podemos continuar em segredo
Apesar de não termos medo
A paixão até gosta assim
Amor, somos dois guerreiros
Vivemos como forasteiros
Respiramos pelo frenesim.



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